Nesta sequência de atividades você encontrará:
leitura do conto: "João e o pé de feijão"Lembramos que o conto deve ser
lido na integra pelas crianças. Costumamos dizer que a qualidade de
leitura que ofertamos para os nossos alunos será vista nas produções
textuais, portanto a oferta de textos reduzidos e pobres, ocasionará em
uma produção escrita pequena e sem as marcas do gênero textual. Estamos
postando o texto na integra para favorecer um bom trabalho.
Leitura e interpretação do conto.Na atividade de leitura e
interpretação, buscamos trabalhar os descritores das matrizes de
avaliação do INEP
Produção textual - frases, reescrita do texto
Situações problemaNa Mostra Cultural da minha escola, a professora
Denise contextualizou o conto "João e o pé de feijão" com uma produção
de arte realizada em uma oficina de percurso criador, juntamente com
uma experiencia de ciências. Fiquei encantada com o trabalho da
professora, que trabalhou com o plantio no feijão (uma atividade
comum) contextualizando com a história. Ficou muito bacana!!!Dá uma
olhadinha no João (pregador de roupa com o boneco em EVA) subindo pelo
pé de feijão... ficou maravilhoso!
O TEXTO PARA SER LIDO NA INTEGRA !!!!!
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
Há muitos e muitos anos existiu uma viúva que tinha um filho chamado João.
João e a mãe eram muito pobres e, para se manterem, contavam apenas com uma vaca, cujo leite vendiam na cidade.
Um dia, porém, a vaca parou subitamente de dar leite, e a pobre mulher,
tendo perdido assim a fonte de seu sustento, ficou preocupada e sem
saber o que fazer.
João, de sua parte, começou a procurar um emprego, com o qual pudesse
ajudar a mãe. Mas os dias foram passando sem que ele arranjasse coisa
alguma para fazer. Assim, a única solução que encontraram foi vender a
vaca, pois o dinheiro daria pelo menos para viverem por algum tempo.
João logo se ofereceu para ir vender o animal na cidade, mas a mãe,
achando que ele não saberia negociar, a princípio não consentiu.
Entretanto, porque ela própria não poderia sair de casa naquele dia,
não teve outro remédio senão concordar com a ideia. Amarrou então uma
corda no pescoço da vaca, para que João não a perdesse e, depois de dar
muitos conselhos ao filho, deixou-o partir.
E lá se foi João, com destino à cidade.
Quando estava no meio do caminho, encontrou um vendedor ambulante que o
cumprimentou muito simpático e perguntou-lhe onde estava indo com a
vaca.
Assim que João contou que estava indo vendê-la na cidade, o homem tirou
do bolso um punhado de feijões, muito bonitos e de cores e formatos
variados, e mostrou-os ao menino, dizendo que eles eram encantados.
João ficou deslumbrado com a beleza dos grãos e, ao ouvir as palavras do
vendedor, seus olhos brilharam de alegria. Morrendo de vontade de
possuir os feijões encantados, perguntou ao homem se ele não gostaria de
trocá-los pela vaca.
O vendedor concordou prontamente com a troca. E, horas depois, João
chegava em casa muito satisfeito, achando que havia feito um excelente
negócio.
A mãe o recebeu muito contente, mas, quando o menino lhe mostrou o que
havia conseguido em troca do animal, ficou furiosa e disse:
— Como, meu filho?! Você teve coragem
de trocar a única coisa que possuíamos por
uma porcaria duns grãos de feijão?
E, quanto mais pensava na situação difícil em que ela e o filho
estavam, mais nervosa ficava. Até que, num acesso de raiva, jogou os
feijões pela janela, gritando:
— Veja, seu tolo! Veja para o que servem seus grãos encantados: para jogar fora!
O pobre menino, desconsolado, ficou olhando para a mãe sem nada
conseguir dizer. E, como castigo, naquela noite foi mandado para a cama
sem jantar.
Na manhã seguinte, ao acordar, João ainda estava muito triste e não
conseguia esquecer o acontecimento do dia anterior. Estava deitado,
tentando encontrar um jeito de remediar o que havia feito, quando notou
que havia alguma coisa impedindo o sol de entrar pela janela.
Levantou-se para espiar o que era e, espantado, descobriu que os grãos
de feijão não só haviam brotado durante a noite, como também haviam
crescido assustadoramente, transformando-se numa planta enorme, que
subia até o céu.
Admirado e feliz, o menino correu até o quintal e, sem pensar duas
vezes, começou a subir pelo pé de feijão. Subiu, subiu e subiu;
atravessou muitas camadas de nuvens macias como flocos de algodão e,
por fim, descobriu que a planta terminava num estranho país, onde tudo
parecia deserto.
Como queria saber onde estava, João resolveu andar para ver se
encontrava alguém por ali. Mas o lugar parecia completamente
desabitado, pois, mesmo andando horas em seguida, não viu ninguém pelo
caminho. Porém, quando já estava escurecendo e o seu estômago até doía
de fome, João avistou um enorme castelo para onde se dirigiu. Encontrou
na porta uma mulher que pareceu muito assustada em vê-lo ali.
— O que você está fazendo aqui, menino? — disse ela. — Não sabe que esse
castelo pertence ao meu marido, um gigante muito mau, devorador de
carne humana?
Ao ouvir isso, João sentiu as pernas bambearem de medo. Mas, como a
mulher lhe dissesse que o gigante estava fora, caçando, e também como a
fome e o cansaço não o deixassem andar mais, pediu a ela que o
abrigasse e escondesse até o dia seguinte.
Embora fosse casada com um homem tão mau, a esposa do gigante era uma
pessoa muito bondosa. Assim, ficou com muita pena do menino e levou-o
para dentro do castelo, onde serviu-lhe uma mesa coberta de coisas
deliciosas. João, que estava morto de fome, comeu tudo com tanto apetite
e gosto que logo se esqueceu do perigo que estava correndo. De repente,
porém, ouviu-se um grande barulho na porta, seguido de passos tão
pesados que o castelo inteiro estremeceu.
— Oh, meu Deus! — disse a mulher, tremendo como vara verde. — É o
gigante, menino ! Ele não pode encontrar você aqui senão vai devorar
você e a mim também!
Ao vê-la tão assustada, João ficou paralisado de medo. Mas a mulher o
puxou rapidamente pela mão, e mal teve tempo de escondê-lo dentro do
forno, antes que o gigante entrasse na cozinha, gritando com sua voz de
trovão:
— Mulher! Mulher, estou sentindo cheiro de carne humana!
Um, dois e três, diga-me de uma vez:
- Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!
Mais que depressa, a mulher explicou que o cheiro de carne era dos franguinhos que ela havia matado para o jantar.
João, que estava espiando por uma frestinha do forno, ficou apavorado só
de pensar no que aconteceria se o gigante o encontrasse. Mas a bondosa
mulher, que sabia que o marido era muito comilão, apressou-se em servir
a comida, antes que ele começasse a procurar por todos os cantos da
casa até encontrar o pobre menino.
O gigante sentou-se então à mesa e, para começar a refeição, engoliu uma
dúzia de frangos assados, com ossos e tudo. Com os olhos arregalados,
João assistiu à mulher trazendo para a mesa pratos e mais pratos, que o
gigante engolia rapidamente, sem nunca ficar satisfeito.
Quando acabou finalmente sua refeição, o comilão gritou para a mulher:
— Traga-me o dinheiro!
— Está bem! — respondeu ela, saindo da cozinha.
E, logo em seguida, voltava com dois sacos cheios de moedas de ouro.
Depois de ordenar que a mulher fosse dormir, o gigante colocou os sacos
de moedas sobre a mesa e começou a contá-las, enquanto esperava o sono
chegar.
Quando se cansou desse divertimento, guardou as moedas de novo nos sacos
e depois colocou-os no chão, perto de si. Só que, por precaução,
amarrou ao pé da mesa um cão de guarda, e depois recostou-se na cadeira
e pôs-se a dormir.
João, que a tudo assistia de seu esconderijo, esperou que o gigante
estivesse dormindo profundamente e, quando viu que ele estava roncando
como um trovão, saiu de mansinho do forno para roubar o dinheiro.
Entretanto, assim que pôs as mãos sobre os sacos de moedas, o cão de
guarda começou a latir feito louco e o pobre menino, apavorado,
julgou-se completamente perdido.
Acontece que o gigante tinha um sono pesado demais e os latidos fizeram
apenas com que ele se mexesse na cadeira, sem conseguir acordá-lo.
Mais sossegado, o menino subiu na mesa da cozinha e, depois de pegar um
pedação de carne, jogou-o ao cão, que abanou o rabo e ficou em silêncio,
deliciando-se com o petisco.
João pôde assim pegar o dinheiro e fugir dali. Correu sem parar até
alcançar o pé de feijão, descendo habilmente até chegar ao quintal de
casa.
Em seguida, chamou pela mãe e, depois de contar-lhe toda a aventura, entregou-lhe os dois sacos de moedas.
Corri o dinheiro roubado do gigante, João e a mãe passaram a levar uma
vida de rei. Nada mais faltava na casa e eles não precisavam mais temer
a fome e a necessidade.
Mas o tempo foi passando e os sacos de moedas começaram a ficar vazios. E
João pensou, então, em voltar ao castelo do gigante, para se apoderar
de mais riquezas.
Contou sua vontade à mãe e ela, com medo de que alguma coisa pudesse acontecer-lhe, proibiu-o de ir.
— Já pensou se o gigante agarrar você? — disse ela. — E a mulher dele?
Ela certamente o reconhecerá e poderá entregá-lo ao marido!
Percebendo que a mãe não ia mesmo permitir, João fingiu aceitar o que
ela dizia. Mas, na primeira chance que teve, saiu escondido e subiu
novamente pelo pé de feijão, desta vez muito bem disfarçado para que a
mulher do gigante não o reconhecesse.
Chegou assim mais uma vez ao estranho país e, depois de caminhar até o
anoitecer, avistou o castelo do gigante, na porta do qual encontrou
novamente a boa mulher.
— Menino! — disse ela, sem reconhecer João. — O que você faz aqui? Não
sabe que esse castelo é do meu marido, um gigante muito mau, devorador
de carne humana?
João fingiu-se muito assustado, e pediu à mulher que o escondesse até o
dia seguinte, dizendo que não conseguiria encontrar o caminho de casa
no escuro.
— Ah, não! — respondeu ela. — De jeito nenhum! Da última vez que fiz
isso me arrependi amargamente! Já dei abrigo a um menino como você e o
mal-agradecido fugiu, levando dois sacos de moedas de ouro do meu
marido. Por causa disso, quase fui devorada no lugar do malandrinho! E o
gigante, desde então, tem estado com um humor terrível, que eu sou
obrigada a suportar!
Mas João sabia ser convincente e pediu tantas vezes que a boa mulher
acabou concordando em escondê-lo. Assim, levou-o para dentro do castelo
e deu-lhe de comer e de beber. E, novamente, mal teve tempo de
esconder João, desta vez dentro de um quartinho de despejo, e o
gigante já chegava, com seu andar tão pesado que fazia o castelo
estremecer. Dali a pouco, ele já estava na cozinha, gritando com voz
de trovão:
— Um, dois e três.
Cheiro de gente outra vez! Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!
Enquanto dizia isso, o gigante procurava por todos os cantos da casa.
João, que a tudo assistia pela fechadura da porta, ficou morrendo de
medo de ser encontrado. Mas a bondosa mulher mais uma vez convenceu o
marido de que não havia ninguém na casa e, enchendo a mesa de comida,
conseguiu distraí-lo.
Novamente o gigante comeu até se fartar e depois disse à mulher:
— Mulher, traga-me a galinha!
Ela, como da outra vez, obedeceu às ordens e saiu da cozinha, para
voltar logo depois, trazendo uma galinha viva. O gigante colocou a
galinha sobre a mesa e, assim que a mulher se retirou, ordenou:
— Bote!
E João viu, espantado, a galinha botar um ovo que não era nem branco e
nem igual aos das galinhas comuns, e sim de ouro, ouro puro e maciço!
— Bote outro! — ordenou o gigante.
E a galinha obedeceu. Assim aconteceu sucessivamente, até que a mesa da
cozinha ficou repleta de ovos de ouro, bonitos e reluzentes.
De repente, o gigante se cansou de mandar a galinha botar os ovos e,
debruçando-se sobre a mesa, caiu, logo em seguida, num sono profundo.
Quando ouviu o gigante roncando outra vez como um trovão, João saiu em
silêncio de seu esconderijo. E, como desta vez não havia nem o cão de
guarda para atrapalhar, foi muito fácil agarrar a galinha e fugir
correndo do castelo, até chegar ao pé de feijão.
Logo que entrou em casa, João chamou a mãe e, depois de lhe contar a sua aventura, entregou-lhe a galinha dos ovos de ouro.
Daquele dia em diante, nada mais lhes faltou, pois, sempre que
precisavam de alguma coisa, bastava ordenar à galinha que botasse um
ovo, e ela obedecia prontamente.
Mesmo sendo agora rico e feliz, João voltou a ter vontade de subir outra
vez ao castelo do gigante. Mas, sempre que falava nisso, a mãe o
repreendia tão severamente, que o menino acabava adiando a viagem, sem
entretanto desistir da ideia.
Passaram-se assim três anos, no final dos quais João tomou uma decisão:
ia subir de novo, custasse o que custasse, e não contaria nada à mãe.
Assim, esperou pacientemente que chegasse o verão, quando os dias são
mais longos e, depois de se disfarçar muito bem, subiu pelo pé de
feijão antes que o sol nascesse, para que a mãe não o visse.
Novamente chegou ao castelo numa hora em que o gigante não estava, e
mais uma vez não foi reconhecido pela mulher, que voltou a falar-lhe dos
perigos que corria estando ali. Só que, desta vez, foi muito mais
difícil convencê-la a recolher um estranho em seu castelo, pois o
gigante, depois do último roubo, estava com um humor insuportável e cada
dia se tornava mais malvado.
João, porém, sabia que a mulher era muito bondosa e continuou insistindo
até que conseguiu convencê-la. Foi então acolhido, e de novo lhe foi
servida uma refeição deliciosa.
Mas nesse dia o gigante chegou tão repentinamente que a mulher só teve
tempo de colocar João dentro de um caldeirão, antes que o marido
entrasse na cozinha gritando:
— Mulher! Sinto cheiro de carne humana!
Um, dois e três,
diga-me de uma vez:
onde está o abelhudo?
Vou comê-lo com ossos e tudo!
E estava tão furioso e desconfiado, que começou a procurar por todos os cantos, sem nem ouvir a esposa chamando-o para o jantar.
Procurou, procurou e procurou até que, finalmente, chegou bem perto do
caldeirão onde João estava escondido. Ao ouvir aqueles passos que faziam
o chão tremer e aquela voz de trovão gritando furiosamente, o pobre
menino achou que estava mesmo perdido. Por sorte, entretanto, o gigante
sentiu uma fome repentina e ficou com preguiça de levantar a tampa do
caldeirão. Por isso, desistiu de procurar e gritou:
— Mulher! Quero jantar!
Dentro de seu esconderijo, João suspirou aliviado. E ali ficou bem
quietinho, esperando que o comilão fizesse sua interminável refeição.
Quando, afinal, estava satisfeito, o gigante gritou para a mulher:
— Traga-me a harpa de ouro!
E ela, como sempre fazia, obedeceu-lhe prontamente. O gigante esperou
que ela se retirasse para dormir, depois colocou o instrumento sobre a
mesa e ordenou:
— Toque!
No mesmo instante, a harpa de ouro começou a tocar sozinha uma melodia
doce e suave, que deixou João maravilhado e que embalou os sonhos do
malvado gigante. Assim, o menino esperou até que ele estivesse roncando
bem alto, saiu em silêncio do caldeirão e correu na direção do valioso
instrumento.
Acontece que a harpa era encantada e, ao sentir que mãos estranhas a tocavam, começou a gritar com uma voz fininha:
— Socorro! Socooorro!
E o gigante, ou porque não estivesse dormindo ainda, ou porque gostasse
muito da harpa, acabou acordando. Ao ver que estava sendo roubado,
levantou-se da cadeira, gritando, furioso:
— Ah, seu maldito! Desta vez você me paga! Quando eu o pegar, vou engoli-lo vivo, com ossos e tudo!
Disse isso e veio direto em cima do pobre João, que, muito assustado,
começou a correr até não poder mais. A harpa de ouro, por sua vez,
continuava gritando, com sua vozinha fina:
— Socorro, meu senhor! Estão me roubando !
E João, ao ouvi-la falar, corria mais ainda, achando que o gigante o estava alcançando.
De repente, no entanto, João percebeu que havia já alguns minutos não
ouvia mais os urros e o barulho dos passos de seu perseguidor.
Intrigado, virou-se para trás e descobriu uma coisa que o deixou muito
feliz: o gigante, embora fosse grande e forte, já estava velho e não
conseguia correr muito.
Mesmo assim, ainda havia um longo caminho para chegar ao pé de feijão, e
por isso o menino agarrou de novo a harpa, que não parava de gritar
por socorro, e continuou a correr.
Horas depois, alcançou de novo seu pé de feijão e começou a descer.
Quando estava já no meio da haste da imensa planta, porém, João olhou
para cima e viu que o gigante, por ser muito pesado, descia numa rapidez
incrível. Assim, logo que avistou o quintal de casa, o menino começou a
gritar pela mãe:
— Mamãe, mamãe! Traga-me um machado, depressa!
Quando João pôs os pés no chão, a mãe já se preparava para dar os
primeiros golpes na planta. Mas a viúva, ao olhar para cima e ver o
tamanho do gigante, ficou paralisada de medo.
João estava muito cansado, mas conseguiu reunir todas as suas forças e,
apossando-se do machado, golpeou várias vezes o pé de feijão. Tendo
sido cortada a planta, o gigante despencou lá do alto, caindo ao chão
com um grande estrondo. Era tão pesado que | seu corpo, ao cair, fez uma
cratera enorme, que demorou muitos anos para fechar.
Livre do perigo que o ameaçava, João abraçou a mãe alegremente. E, desde aquele dia, os dois passaram a viver tranquilos.
Tempos depois, quando se tornou um homem forte e bonito, João se casou
com uma princesa, com quem viveu feliz por muitos e muitos anos.
Quanto ao pé de feijão, depois de cortado, secou completamente e, como não havia mais sementes, nunca mais nasceu outro igual.
Nesta sequência de atividades você encontrará:
leitura do conto: "João e o pé de feijão"Lembramos que o conto deve ser
lido na integra pelas crianças. Costumamos dizer que a qualidade de
leitura que ofertamos para os nossos alunos será vista nas produções
textuais, portanto a oferta de textos reduzidos e pobres, ocasionará em
uma produção escrita pequena e sem as marcas do gênero textual. Estamos
postando o texto na integra para favorecer um bom trabalho.
Leitura e interpretação do conto.Na atividade de leitura e
interpretação, buscamos trabalhar os descritores das matrizes de
avaliação do INEP
Produção textual - frases, reescrita do texto
Situações problemaNa Mostra Cultural da minha escola, a professora
Denise contextualizou o conto "João e o pé de feijão" com uma produção
de arte realizada em uma oficina de percurso criador, juntamente com
uma experiencia de ciências. Fiquei encantada com o trabalho da
professora, que trabalhou com o plantio no feijão (uma atividade
comum) contextualizando com a história. Ficou muito bacana!!!Dá uma
olhadinha no João (pregador de roupa com o boneco em EVA) subindo pelo
pé de feijão... ficou maravilhoso!
O TEXTO PARA SER LIDO NA INTEGRA !!!!!
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
Há muitos e muitos anos existiu uma viúva que tinha um filho chamado João.
João e a mãe eram muito pobres e, para se manterem, contavam apenas com uma vaca, cujo leite vendiam na cidade.
Um dia, porém, a vaca parou subitamente de dar leite, e a pobre mulher,
tendo perdido assim a fonte de seu sustento, ficou preocupada e sem
saber o que fazer.
João, de sua parte, começou a procurar um emprego, com o qual pudesse
ajudar a mãe. Mas os dias foram passando sem que ele arranjasse coisa
alguma para fazer. Assim, a única solução que encontraram foi vender a
vaca, pois o dinheiro daria pelo menos para viverem por algum tempo.
João logo se ofereceu para ir vender o animal na cidade, mas a mãe,
achando que ele não saberia negociar, a princípio não consentiu.
Entretanto, porque ela própria não poderia sair de casa naquele dia,
não teve outro remédio senão concordar com a ideia. Amarrou então uma
corda no pescoço da vaca, para que João não a perdesse e, depois de dar
muitos conselhos ao filho, deixou-o partir.
E lá se foi João, com destino à cidade.
Quando estava no meio do caminho, encontrou um vendedor ambulante que o
cumprimentou muito simpático e perguntou-lhe onde estava indo com a
vaca.
Assim que João contou que estava indo vendê-la na cidade, o homem tirou
do bolso um punhado de feijões, muito bonitos e de cores e formatos
variados, e mostrou-os ao menino, dizendo que eles eram encantados.
João ficou deslumbrado com a beleza dos grãos e, ao ouvir as palavras do
vendedor, seus olhos brilharam de alegria. Morrendo de vontade de
possuir os feijões encantados, perguntou ao homem se ele não gostaria de
trocá-los pela vaca.
O vendedor concordou prontamente com a troca. E, horas depois, João
chegava em casa muito satisfeito, achando que havia feito um excelente
negócio.
A mãe o recebeu muito contente, mas, quando o menino lhe mostrou o que
havia conseguido em troca do animal, ficou furiosa e disse:
— Como, meu filho?! Você teve coragem
de trocar a única coisa que possuíamos por
uma porcaria duns grãos de feijão?
E, quanto mais pensava na situação difícil em que ela e o filho
estavam, mais nervosa ficava. Até que, num acesso de raiva, jogou os
feijões pela janela, gritando:
— Veja, seu tolo! Veja para o que servem seus grãos encantados: para jogar fora!
O pobre menino, desconsolado, ficou olhando para a mãe sem nada
conseguir dizer. E, como castigo, naquela noite foi mandado para a cama
sem jantar.
Na manhã seguinte, ao acordar, João ainda estava muito triste e não
conseguia esquecer o acontecimento do dia anterior. Estava deitado,
tentando encontrar um jeito de remediar o que havia feito, quando notou
que havia alguma coisa impedindo o sol de entrar pela janela.
Levantou-se para espiar o que era e, espantado, descobriu que os grãos
de feijão não só haviam brotado durante a noite, como também haviam
crescido assustadoramente, transformando-se numa planta enorme, que
subia até o céu.
Admirado e feliz, o menino correu até o quintal e, sem pensar duas
vezes, começou a subir pelo pé de feijão. Subiu, subiu e subiu;
atravessou muitas camadas de nuvens macias como flocos de algodão e,
por fim, descobriu que a planta terminava num estranho país, onde tudo
parecia deserto.
Como queria saber onde estava, João resolveu andar para ver se
encontrava alguém por ali. Mas o lugar parecia completamente
desabitado, pois, mesmo andando horas em seguida, não viu ninguém pelo
caminho. Porém, quando já estava escurecendo e o seu estômago até doía
de fome, João avistou um enorme castelo para onde se dirigiu. Encontrou
na porta uma mulher que pareceu muito assustada em vê-lo ali.
— O que você está fazendo aqui, menino? — disse ela. — Não sabe que esse
castelo pertence ao meu marido, um gigante muito mau, devorador de
carne humana?
Ao ouvir isso, João sentiu as pernas bambearem de medo. Mas, como a
mulher lhe dissesse que o gigante estava fora, caçando, e também como a
fome e o cansaço não o deixassem andar mais, pediu a ela que o
abrigasse e escondesse até o dia seguinte.
Embora fosse casada com um homem tão mau, a esposa do gigante era uma
pessoa muito bondosa. Assim, ficou com muita pena do menino e levou-o
para dentro do castelo, onde serviu-lhe uma mesa coberta de coisas
deliciosas. João, que estava morto de fome, comeu tudo com tanto apetite
e gosto que logo se esqueceu do perigo que estava correndo. De repente,
porém, ouviu-se um grande barulho na porta, seguido de passos tão
pesados que o castelo inteiro estremeceu.
— Oh, meu Deus! — disse a mulher, tremendo como vara verde. — É o
gigante, menino ! Ele não pode encontrar você aqui senão vai devorar
você e a mim também!
Ao vê-la tão assustada, João ficou paralisado de medo. Mas a mulher o
puxou rapidamente pela mão, e mal teve tempo de escondê-lo dentro do
forno, antes que o gigante entrasse na cozinha, gritando com sua voz de
trovão:
— Mulher! Mulher, estou sentindo cheiro de carne humana!
Um, dois e três, diga-me de uma vez:
- Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!
Mais que depressa, a mulher explicou que o cheiro de carne era dos franguinhos que ela havia matado para o jantar.
João, que estava espiando por uma frestinha do forno, ficou apavorado só
de pensar no que aconteceria se o gigante o encontrasse. Mas a bondosa
mulher, que sabia que o marido era muito comilão, apressou-se em servir
a comida, antes que ele começasse a procurar por todos os cantos da
casa até encontrar o pobre menino.
O gigante sentou-se então à mesa e, para começar a refeição, engoliu uma
dúzia de frangos assados, com ossos e tudo. Com os olhos arregalados,
João assistiu à mulher trazendo para a mesa pratos e mais pratos, que o
gigante engolia rapidamente, sem nunca ficar satisfeito.
Quando acabou finalmente sua refeição, o comilão gritou para a mulher:
— Traga-me o dinheiro!
— Está bem! — respondeu ela, saindo da cozinha.
E, logo em seguida, voltava com dois sacos cheios de moedas de ouro.
Depois de ordenar que a mulher fosse dormir, o gigante colocou os sacos
de moedas sobre a mesa e começou a contá-las, enquanto esperava o sono
chegar.
Quando se cansou desse divertimento, guardou as moedas de novo nos sacos
e depois colocou-os no chão, perto de si. Só que, por precaução,
amarrou ao pé da mesa um cão de guarda, e depois recostou-se na cadeira
e pôs-se a dormir.
João, que a tudo assistia de seu esconderijo, esperou que o gigante
estivesse dormindo profundamente e, quando viu que ele estava roncando
como um trovão, saiu de mansinho do forno para roubar o dinheiro.
Entretanto, assim que pôs as mãos sobre os sacos de moedas, o cão de
guarda começou a latir feito louco e o pobre menino, apavorado,
julgou-se completamente perdido.
Acontece que o gigante tinha um sono pesado demais e os latidos fizeram
apenas com que ele se mexesse na cadeira, sem conseguir acordá-lo.
Mais sossegado, o menino subiu na mesa da cozinha e, depois de pegar um
pedação de carne, jogou-o ao cão, que abanou o rabo e ficou em silêncio,
deliciando-se com o petisco.
João pôde assim pegar o dinheiro e fugir dali. Correu sem parar até
alcançar o pé de feijão, descendo habilmente até chegar ao quintal de
casa.
Em seguida, chamou pela mãe e, depois de contar-lhe toda a aventura, entregou-lhe os dois sacos de moedas.
Corri o dinheiro roubado do gigante, João e a mãe passaram a levar uma
vida de rei. Nada mais faltava na casa e eles não precisavam mais temer
a fome e a necessidade.
Mas o tempo foi passando e os sacos de moedas começaram a ficar vazios. E
João pensou, então, em voltar ao castelo do gigante, para se apoderar
de mais riquezas.
Contou sua vontade à mãe e ela, com medo de que alguma coisa pudesse acontecer-lhe, proibiu-o de ir.
— Já pensou se o gigante agarrar você? — disse ela. — E a mulher dele?
Ela certamente o reconhecerá e poderá entregá-lo ao marido!
Percebendo que a mãe não ia mesmo permitir, João fingiu aceitar o que
ela dizia. Mas, na primeira chance que teve, saiu escondido e subiu
novamente pelo pé de feijão, desta vez muito bem disfarçado para que a
mulher do gigante não o reconhecesse.
Chegou assim mais uma vez ao estranho país e, depois de caminhar até o
anoitecer, avistou o castelo do gigante, na porta do qual encontrou
novamente a boa mulher.
— Menino! — disse ela, sem reconhecer João. — O que você faz aqui? Não
sabe que esse castelo é do meu marido, um gigante muito mau, devorador
de carne humana?
João fingiu-se muito assustado, e pediu à mulher que o escondesse até o
dia seguinte, dizendo que não conseguiria encontrar o caminho de casa
no escuro.
— Ah, não! — respondeu ela. — De jeito nenhum! Da última vez que fiz
isso me arrependi amargamente! Já dei abrigo a um menino como você e o
mal-agradecido fugiu, levando dois sacos de moedas de ouro do meu
marido. Por causa disso, quase fui devorada no lugar do malandrinho! E o
gigante, desde então, tem estado com um humor terrível, que eu sou
obrigada a suportar!
Mas João sabia ser convincente e pediu tantas vezes que a boa mulher
acabou concordando em escondê-lo. Assim, levou-o para dentro do castelo
e deu-lhe de comer e de beber. E, novamente, mal teve tempo de
esconder João, desta vez dentro de um quartinho de despejo, e o
gigante já chegava, com seu andar tão pesado que fazia o castelo
estremecer. Dali a pouco, ele já estava na cozinha, gritando com voz
de trovão:
— Um, dois e três.
Cheiro de gente outra vez! Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!
Enquanto dizia isso, o gigante procurava por todos os cantos da casa.
João, que a tudo assistia pela fechadura da porta, ficou morrendo de
medo de ser encontrado. Mas a bondosa mulher mais uma vez convenceu o
marido de que não havia ninguém na casa e, enchendo a mesa de comida,
conseguiu distraí-lo.
Novamente o gigante comeu até se fartar e depois disse à mulher:
— Mulher, traga-me a galinha!
Ela, como da outra vez, obedeceu às ordens e saiu da cozinha, para
voltar logo depois, trazendo uma galinha viva. O gigante colocou a
galinha sobre a mesa e, assim que a mulher se retirou, ordenou:
— Bote!
E João viu, espantado, a galinha botar um ovo que não era nem branco e
nem igual aos das galinhas comuns, e sim de ouro, ouro puro e maciço!
— Bote outro! — ordenou o gigante.
E a galinha obedeceu. Assim aconteceu sucessivamente, até que a mesa da
cozinha ficou repleta de ovos de ouro, bonitos e reluzentes.
De repente, o gigante se cansou de mandar a galinha botar os ovos e,
debruçando-se sobre a mesa, caiu, logo em seguida, num sono profundo.
Quando ouviu o gigante roncando outra vez como um trovão, João saiu em
silêncio de seu esconderijo. E, como desta vez não havia nem o cão de
guarda para atrapalhar, foi muito fácil agarrar a galinha e fugir
correndo do castelo, até chegar ao pé de feijão.
Logo que entrou em casa, João chamou a mãe e, depois de lhe contar a sua aventura, entregou-lhe a galinha dos ovos de ouro.
Daquele dia em diante, nada mais lhes faltou, pois, sempre que
precisavam de alguma coisa, bastava ordenar à galinha que botasse um
ovo, e ela obedecia prontamente.
Mesmo sendo agora rico e feliz, João voltou a ter vontade de subir outra
vez ao castelo do gigante. Mas, sempre que falava nisso, a mãe o
repreendia tão severamente, que o menino acabava adiando a viagem, sem
entretanto desistir da ideia.
Passaram-se assim três anos, no final dos quais João tomou uma decisão:
ia subir de novo, custasse o que custasse, e não contaria nada à mãe.
Assim, esperou pacientemente que chegasse o verão, quando os dias são
mais longos e, depois de se disfarçar muito bem, subiu pelo pé de
feijão antes que o sol nascesse, para que a mãe não o visse.
Novamente chegou ao castelo numa hora em que o gigante não estava, e
mais uma vez não foi reconhecido pela mulher, que voltou a falar-lhe dos
perigos que corria estando ali. Só que, desta vez, foi muito mais
difícil convencê-la a recolher um estranho em seu castelo, pois o
gigante, depois do último roubo, estava com um humor insuportável e cada
dia se tornava mais malvado.
João, porém, sabia que a mulher era muito bondosa e continuou insistindo
até que conseguiu convencê-la. Foi então acolhido, e de novo lhe foi
servida uma refeição deliciosa.
Mas nesse dia o gigante chegou tão repentinamente que a mulher só teve
tempo de colocar João dentro de um caldeirão, antes que o marido
entrasse na cozinha gritando:
— Mulher! Sinto cheiro de carne humana!
Um, dois e três,
diga-me de uma vez:
onde está o abelhudo?
Vou comê-lo com ossos e tudo!
E estava tão furioso e desconfiado, que começou a procurar por todos os cantos, sem nem ouvir a esposa chamando-o para o jantar.
Procurou, procurou e procurou até que, finalmente, chegou bem perto do
caldeirão onde João estava escondido. Ao ouvir aqueles passos que faziam
o chão tremer e aquela voz de trovão gritando furiosamente, o pobre
menino achou que estava mesmo perdido. Por sorte, entretanto, o gigante
sentiu uma fome repentina e ficou com preguiça de levantar a tampa do
caldeirão. Por isso, desistiu de procurar e gritou:
— Mulher! Quero jantar!
Dentro de seu esconderijo, João suspirou aliviado. E ali ficou bem
quietinho, esperando que o comilão fizesse sua interminável refeição.
Quando, afinal, estava satisfeito, o gigante gritou para a mulher:
— Traga-me a harpa de ouro!
E ela, como sempre fazia, obedeceu-lhe prontamente. O gigante esperou
que ela se retirasse para dormir, depois colocou o instrumento sobre a
mesa e ordenou:
— Toque!
No mesmo instante, a harpa de ouro começou a tocar sozinha uma melodia
doce e suave, que deixou João maravilhado e que embalou os sonhos do
malvado gigante. Assim, o menino esperou até que ele estivesse roncando
bem alto, saiu em silêncio do caldeirão e correu na direção do valioso
instrumento.
Acontece que a harpa era encantada e, ao sentir que mãos estranhas a tocavam, começou a gritar com uma voz fininha:
— Socorro! Socooorro!
E o gigante, ou porque não estivesse dormindo ainda, ou porque gostasse
muito da harpa, acabou acordando. Ao ver que estava sendo roubado,
levantou-se da cadeira, gritando, furioso:
— Ah, seu maldito! Desta vez você me paga! Quando eu o pegar, vou engoli-lo vivo, com ossos e tudo!
Disse isso e veio direto em cima do pobre João, que, muito assustado,
começou a correr até não poder mais. A harpa de ouro, por sua vez,
continuava gritando, com sua vozinha fina:
— Socorro, meu senhor! Estão me roubando !
E João, ao ouvi-la falar, corria mais ainda, achando que o gigante o estava alcançando.
De repente, no entanto, João percebeu que havia já alguns minutos não
ouvia mais os urros e o barulho dos passos de seu perseguidor.
Intrigado, virou-se para trás e descobriu uma coisa que o deixou muito
feliz: o gigante, embora fosse grande e forte, já estava velho e não
conseguia correr muito.
Mesmo assim, ainda havia um longo caminho para chegar ao pé de feijão, e
por isso o menino agarrou de novo a harpa, que não parava de gritar
por socorro, e continuou a correr.
Horas depois, alcançou de novo seu pé de feijão e começou a descer.
Quando estava já no meio da haste da imensa planta, porém, João olhou
para cima e viu que o gigante, por ser muito pesado, descia numa rapidez
incrível. Assim, logo que avistou o quintal de casa, o menino começou a
gritar pela mãe:
— Mamãe, mamãe! Traga-me um machado, depressa!
Quando João pôs os pés no chão, a mãe já se preparava para dar os
primeiros golpes na planta. Mas a viúva, ao olhar para cima e ver o
tamanho do gigante, ficou paralisada de medo.
João estava muito cansado, mas conseguiu reunir todas as suas forças e,
apossando-se do machado, golpeou várias vezes o pé de feijão. Tendo
sido cortada a planta, o gigante despencou lá do alto, caindo ao chão
com um grande estrondo. Era tão pesado que | seu corpo, ao cair, fez uma
cratera enorme, que demorou muitos anos para fechar.
Livre do perigo que o ameaçava, João abraçou a mãe alegremente. E, desde aquele dia, os dois passaram a viver tranquilos.
Tempos depois, quando se tornou um homem forte e bonito, João se casou
com uma princesa, com quem viveu feliz por muitos e muitos anos.
Quanto ao pé de feijão, depois de cortado, secou completamente e, como não havia mais sementes, nunca mais nasceu outro igual.
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