Páscoa - Contos.



Era uma vez, uma família de coelhos que morava em uma distante floresta. Mamãe coelha, Papai coelho e seus 20 filhos viviam felizes, no entanto, como nem tudo é perfeito, o 16º filho era um coelhinho que não estava satisfeito com a vida. Constantemente, ele reclamava de tudo e dizia que gostaria de ir embora daquela floresta.Mamãe coelha ficava muito triste e tentava explicar que não se devia agir assim. Papai coelho deixava a educação de seus filhos por conta da Mamãe e os 19 coelhinhos ontentes já estavam cansados dessa história e comentavam entre si que se o irmão partisse seria melhor, já que acabariam as brigas em casa e, além disso, ele veria como é ficar longe de todos os amigos e parentes.
O tempo foi passando, mas o coelhinho estava cada vez mais insatisfeito. A Mamãe coelha fazia de tudo para agradar, variava a comida e deixava ele fazer de tudo o que queria, porém nada estava bom.
Depois de alguns dias Mamãe coelha chega com seu coelhinho fujão. Papai coelho e seus outros filhos receberam - os com alegria, mas desejavam uma explicação. Então a Mamãe coelha disse:- Meus filhos, em 1º lugar queria falar que eu adoro todos vocês igualmente, não possuo preferências. O que aconteceu foi que o fujão estava com problemas e eu precisava ajudá - lo, ficando ao seu lado. O importante é que o irmão de vocês voltou e decidiu que aqui é o melhor lugar do mundo para ele viver.
Naquele mesmo dia, foi feita uma grande festa com muita cenoura para comemorar a volta definitiva do fujão e todos viveram felizes naquela floresta.
Os irmãos do coelhinho descontentes já estavam muito enciumados com a atitude da Mãe. Não adiantava falar com ela, seus olhos eram totalmente voltados para o coelhinho reclamão.Até que numa bela manhã de domingo, em que todos acordaram mais tarde, Mamãe coelha notou a ausência do 16º filho e ficou desesperada , não sabia o que fazer. A confusão foi geral, cada um dava uma sugestão e não se chegava a um acordo. Então Mamãe coelha tomou a decisão de ir atrás do seu filho. Ninguém concordou, mas ela saiu à procura do fujão.Todos que ficaram na floresta não se conformavam que a mamãe tinha ido embora e deixado eles para trás. Pensavam, indignados, que o 16º coelhinho era mais importante que todos eles e que talvez ele fosse mais querido. As dúvidas ficaram, e a vida continuou.
Magaly Ap. Chiconelli Faria.





Lili estava dormindo quando viu a porta da dispensa se abrir e isto era sempre uma grande emoção para ela.
Esta emoção às vezes era boa e as vezes era ruim. Era sempre boa quando Dna. Laura vinha colocar coisas na dispensa pois isso sempre significava coisas novas chegando. Algumas eram bem conhecidas e Lili ficava feliz em reencontrar as batatas gorduchas e brincalhonas, as caixas de fósforos cheias de idéias brilhantes. Lili gostava muito dos biscoitos, existiam tantos tipos! As salgadas mais sérias e duronas e as doces mais amigáveis e sorridentes, as de chocolate eram a suas preferidas, um pouco louquinhas, mas de uma loucura gostosa. Esta preferência devia-se ao fato de que seu pintinho só se alimenta de biscoitos, especialmente os de chocolate. Mas o que mais a fascinava eram as novidades: conhecer pessoas novas era excitante, inesperado, as vezes chegavam até produtos que falavam inglês. Está certo que era um custo entendê-los, mas quando aprendiam falar português, quanta novidade!
As emoções tristes aconteciam quando Dna. Laura vinha buscar as coisas na dispensa para usá-las no almoço ou nos afazeres domésticos. Despedidas são sempre tristes. Se bem que existiam alguns casos nos quais Lili, e todos os outros, ficavam aliviadas, ou até alegres. É quando partiam alguns tipos chatos ou rabugentos.
Lili reconhecia muito bem quando Dna Laura vinha colocar novos habitantes na dispensa pois a abertura da porta sempre vinha acompanhada do barulhos de saquinhos de supermercado esfregando-se uns nos outros, ou de rodas de carrinho de feira, estes ruídos também determinavam o tipo de visitante que chegava: o ruído de saquinhos significava que chegariam latas de ervilha, milho, biscoitos e refrigerantes. O barulho de rodinhas indicavam que chegariam os tomates, pepinos, maçãs, bananas cantoras e atléticas cenouras.
Isto porque a entrada de determinado tipo influenciaria muito em como seriam os próximos dias: Quando eram as bananas cantoras já se previa festas e shows, quando entravam as cenouras era indicação que as ginásticas matinas, e os jogos de futebol e basquete estariam em alta. E quando entravam as duas é que Lili gostava! Não haveria espaço para o tédio: era ginástica de manhã, jogos durante o dia e festas de noite. Alegria o tempo todo na dispensa!
Mas naquele dia a novidade foi demais: quando a porta se abriu Dna Laura apareceu andando com mais cuidado do que normalmente, nas suas mãos em concha carregava algo brilhante que delicadamente colocou na prateleira. Mal ela saiu todos correram para ver o que se tratava. Era algo brilhante, com um laço vermelho enorme na cabeça e em formato de ovo.
Alguns não sabiam a identidade do visitante, mas Lili sabia bem tratar-se de um ovo de Páscoa e, se tudo fosse como sempre foi, era de chocolate! Lili relembrou as vezes que acompanhou Flávia na caçada de ovos e como isso a deixava feliz! Mas porque este ano os ovos não teriam sido trazidos pela Dna. Coelha?
O espanador foi logo falando: - Como você é ingênua bonequinha, esta história de Coelha não existe, quem traz os ovos é, e sempre foi a Dna Laura.
A bonequinha achou que isto era um absurdo mas a discussão foi interrompida pois era hora de cantar a canção de boas vindas ao recém chegado.
Todos se reuniram a sua volta, mas ele estava dormindo, delicadamente Lili tentou acordá-lo mas nada! Lili resolveu começar a cantar sendo seguida por todos, mas bem baixinho porque o ovinho parecia ser quase um nenê e poderia se assustar se eles cantassem muito alto.
Aos poucos ele foi abrindo os olhinhos e eles puderam ver que eles eram grandes e muito azuis, de um azul que lembrava o céu para quem um dia o tinha visto. A princípio ele olhou para todos assustados, mas aos poucos foi se mostrando mais confiante e até alegre, mas se estava realmente alegre eles não poderiam saber, pois o ovinho não falava. Só movia os olhos de lá para cá, dando expressões de alegria, de tristeza e de interrogação. Um tubo de esparadrapo que lá estava, devido às suas afinidades com a medicina, resolveu examiná-lo, e diagnosticou que o ovinho não falava porque não tinha língua.
Por outro lado, como a bonequinha e o espanador não chegavam a um acordo sobre quem realmente trazia os ovos, a vassoura saiu em busca de entender o que estava se passando, e todos ficaram aguardando o seu retorno. A resposta era simples: Como a coelha este ano estava muito atarefada, com medo de não dar conta de todas as entregas, trouxe os ovos com antecedência combinando com Dna Laura que só o tiraria de lá no dia da Páscoa.
- Imagine que bobagem, falou o espanador, coelha da Páscoa não existe!
- Existe porque eu já vi, gritou a bonequinha, que não queria contar esta verdade, pois tinha vergonha de um dia, contrariando as ordens de Dna. Laura, ter espiado pela janela e visto a coelhinha esconder os ovos no jardim.
- Imagine, não existe. E a discussão começou outra vez.
Quando o ovinho fechou de novo os olhinhos, sem ter falado palavra, todos resolveram ir dormir também.
No meio da madrugada a porta da dispensa se abriu, e a bonequinha sentou-se imediatamente para ver o que iria acontecer, era estranho, nunca Dna. Laura aparecia neste hora! Mas em lugar da sombra alta de Dna. Laura a bonequinha viu uma sombra pequenininha e com duas orelhas pontudas, era a Dna Coelha. Ela correu para o ovinho, fez alguns movimentos em sua boca e deu um beijinho, partindo apressada. A bonequinha,porém estava na porta e quis saber o que Dna Coelha estava fazendo lá. Ela explicou que, na pressa, havia esquecido de colocar a língua no ovinho e tinha voltado para consertar a situação, saindo logo depois apressada.
E as seis horas da manhã todos ficaram sabendo do que tinha acontecido! O ovinho acordou balbuciando algumas palavras e, devido a sua alegria em perceber que estava falando, começou a tagarelar sem parar. O ovinho falou, gritou, assobiou, cantou, aprendendo e ensinando muitas canções, e contou muitas histórias sobre a sua vida, explicando com detalhes quem era a Dna Coelha e como era a sua toca.
Todos deram muita atenção ao ovinho, cantaram com ele e ouviram as suas histórias, mas quando foram dormir, resolveram, por unanimidade, que era o espanador, que tinha duvidado de suas histórias, que deveria continuar ouvindo o ovinho tagarela até que ele cansasse.
Mas ele não cansou, falou, cantou e dançou até o dia que a Páscoa chegou.


Era uma vez, uma família de coelhos que morava em uma distante floresta. Mamãe coelha, Papai coelho e seus 20 filhos viviam felizes, no entanto, como nem tudo é perfeito, o 16º filho era um coelhinho que não estava satisfeito com a vida. Constantemente, ele reclamava de tudo e dizia que gostaria de ir embora daquela floresta.Mamãe coelha ficava muito triste e tentava explicar que não se devia agir assim. Papai coelho deixava a educação de seus filhos por conta da Mamãe e os 19 coelhinhos ontentes já estavam cansados dessa história e comentavam entre si que se o irmão partisse seria melhor, já que acabariam as brigas em casa e, além disso, ele veria como é ficar longe de todos os amigos e parentes.
O tempo foi passando, mas o coelhinho estava cada vez mais insatisfeito. A Mamãe coelha fazia de tudo para agradar, variava a comida e deixava ele fazer de tudo o que queria, porém nada estava bom.
Depois de alguns dias Mamãe coelha chega com seu coelhinho fujão. Papai coelho e seus outros filhos receberam - os com alegria, mas desejavam uma explicação. Então a Mamãe coelha disse:- Meus filhos, em 1º lugar queria falar que eu adoro todos vocês igualmente, não possuo preferências. O que aconteceu foi que o fujão estava com problemas e eu precisava ajudá - lo, ficando ao seu lado. O importante é que o irmão de vocês voltou e decidiu que aqui é o melhor lugar do mundo para ele viver.
Naquele mesmo dia, foi feita uma grande festa com muita cenoura para comemorar a volta definitiva do fujão e todos viveram felizes naquela floresta.
Os irmãos do coelhinho descontentes já estavam muito enciumados com a atitude da Mãe. Não adiantava falar com ela, seus olhos eram totalmente voltados para o coelhinho reclamão.Até que numa bela manhã de domingo, em que todos acordaram mais tarde, Mamãe coelha notou a ausência do 16º filho e ficou desesperada , não sabia o que fazer. A confusão foi geral, cada um dava uma sugestão e não se chegava a um acordo. Então Mamãe coelha tomou a decisão de ir atrás do seu filho. Ninguém concordou, mas ela saiu à procura do fujão.Todos que ficaram na floresta não se conformavam que a mamãe tinha ido embora e deixado eles para trás. Pensavam, indignados, que o 16º coelhinho era mais importante que todos eles e que talvez ele fosse mais querido. As dúvidas ficaram, e a vida continuou.
Magaly Ap. Chiconelli Faria.





Lili estava dormindo quando viu a porta da dispensa se abrir e isto era sempre uma grande emoção para ela.
Esta emoção às vezes era boa e as vezes era ruim. Era sempre boa quando Dna. Laura vinha colocar coisas na dispensa pois isso sempre significava coisas novas chegando. Algumas eram bem conhecidas e Lili ficava feliz em reencontrar as batatas gorduchas e brincalhonas, as caixas de fósforos cheias de idéias brilhantes. Lili gostava muito dos biscoitos, existiam tantos tipos! As salgadas mais sérias e duronas e as doces mais amigáveis e sorridentes, as de chocolate eram a suas preferidas, um pouco louquinhas, mas de uma loucura gostosa. Esta preferência devia-se ao fato de que seu pintinho só se alimenta de biscoitos, especialmente os de chocolate. Mas o que mais a fascinava eram as novidades: conhecer pessoas novas era excitante, inesperado, as vezes chegavam até produtos que falavam inglês. Está certo que era um custo entendê-los, mas quando aprendiam falar português, quanta novidade!
As emoções tristes aconteciam quando Dna. Laura vinha buscar as coisas na dispensa para usá-las no almoço ou nos afazeres domésticos. Despedidas são sempre tristes. Se bem que existiam alguns casos nos quais Lili, e todos os outros, ficavam aliviadas, ou até alegres. É quando partiam alguns tipos chatos ou rabugentos.
Lili reconhecia muito bem quando Dna Laura vinha colocar novos habitantes na dispensa pois a abertura da porta sempre vinha acompanhada do barulhos de saquinhos de supermercado esfregando-se uns nos outros, ou de rodas de carrinho de feira, estes ruídos também determinavam o tipo de visitante que chegava: o ruído de saquinhos significava que chegariam latas de ervilha, milho, biscoitos e refrigerantes. O barulho de rodinhas indicavam que chegariam os tomates, pepinos, maçãs, bananas cantoras e atléticas cenouras.
Isto porque a entrada de determinado tipo influenciaria muito em como seriam os próximos dias: Quando eram as bananas cantoras já se previa festas e shows, quando entravam as cenouras era indicação que as ginásticas matinas, e os jogos de futebol e basquete estariam em alta. E quando entravam as duas é que Lili gostava! Não haveria espaço para o tédio: era ginástica de manhã, jogos durante o dia e festas de noite. Alegria o tempo todo na dispensa!
Mas naquele dia a novidade foi demais: quando a porta se abriu Dna Laura apareceu andando com mais cuidado do que normalmente, nas suas mãos em concha carregava algo brilhante que delicadamente colocou na prateleira. Mal ela saiu todos correram para ver o que se tratava. Era algo brilhante, com um laço vermelho enorme na cabeça e em formato de ovo.
Alguns não sabiam a identidade do visitante, mas Lili sabia bem tratar-se de um ovo de Páscoa e, se tudo fosse como sempre foi, era de chocolate! Lili relembrou as vezes que acompanhou Flávia na caçada de ovos e como isso a deixava feliz! Mas porque este ano os ovos não teriam sido trazidos pela Dna. Coelha?
O espanador foi logo falando: - Como você é ingênua bonequinha, esta história de Coelha não existe, quem traz os ovos é, e sempre foi a Dna Laura.
A bonequinha achou que isto era um absurdo mas a discussão foi interrompida pois era hora de cantar a canção de boas vindas ao recém chegado.
Todos se reuniram a sua volta, mas ele estava dormindo, delicadamente Lili tentou acordá-lo mas nada! Lili resolveu começar a cantar sendo seguida por todos, mas bem baixinho porque o ovinho parecia ser quase um nenê e poderia se assustar se eles cantassem muito alto.
Aos poucos ele foi abrindo os olhinhos e eles puderam ver que eles eram grandes e muito azuis, de um azul que lembrava o céu para quem um dia o tinha visto. A princípio ele olhou para todos assustados, mas aos poucos foi se mostrando mais confiante e até alegre, mas se estava realmente alegre eles não poderiam saber, pois o ovinho não falava. Só movia os olhos de lá para cá, dando expressões de alegria, de tristeza e de interrogação. Um tubo de esparadrapo que lá estava, devido às suas afinidades com a medicina, resolveu examiná-lo, e diagnosticou que o ovinho não falava porque não tinha língua.
Por outro lado, como a bonequinha e o espanador não chegavam a um acordo sobre quem realmente trazia os ovos, a vassoura saiu em busca de entender o que estava se passando, e todos ficaram aguardando o seu retorno. A resposta era simples: Como a coelha este ano estava muito atarefada, com medo de não dar conta de todas as entregas, trouxe os ovos com antecedência combinando com Dna Laura que só o tiraria de lá no dia da Páscoa.
- Imagine que bobagem, falou o espanador, coelha da Páscoa não existe!
- Existe porque eu já vi, gritou a bonequinha, que não queria contar esta verdade, pois tinha vergonha de um dia, contrariando as ordens de Dna. Laura, ter espiado pela janela e visto a coelhinha esconder os ovos no jardim.
- Imagine, não existe. E a discussão começou outra vez.
Quando o ovinho fechou de novo os olhinhos, sem ter falado palavra, todos resolveram ir dormir também.
No meio da madrugada a porta da dispensa se abriu, e a bonequinha sentou-se imediatamente para ver o que iria acontecer, era estranho, nunca Dna. Laura aparecia neste hora! Mas em lugar da sombra alta de Dna. Laura a bonequinha viu uma sombra pequenininha e com duas orelhas pontudas, era a Dna Coelha. Ela correu para o ovinho, fez alguns movimentos em sua boca e deu um beijinho, partindo apressada. A bonequinha,porém estava na porta e quis saber o que Dna Coelha estava fazendo lá. Ela explicou que, na pressa, havia esquecido de colocar a língua no ovinho e tinha voltado para consertar a situação, saindo logo depois apressada.
E as seis horas da manhã todos ficaram sabendo do que tinha acontecido! O ovinho acordou balbuciando algumas palavras e, devido a sua alegria em perceber que estava falando, começou a tagarelar sem parar. O ovinho falou, gritou, assobiou, cantou, aprendendo e ensinando muitas canções, e contou muitas histórias sobre a sua vida, explicando com detalhes quem era a Dna Coelha e como era a sua toca.
Todos deram muita atenção ao ovinho, cantaram com ele e ouviram as suas histórias, mas quando foram dormir, resolveram, por unanimidade, que era o espanador, que tinha duvidado de suas histórias, que deveria continuar ouvindo o ovinho tagarela até que ele cansasse.
Mas ele não cansou, falou, cantou e dançou até o dia que a Páscoa chegou.

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